Mestre Dino 7 Cordas

É com muita tristeza que descubro hoje o falecimento de Horondino Silva (5/5/1918 - 26/5/2006), o Dino 7 Cordas.

Aperto de Mão
(Horondino Silva, Jayme Florence e Augusto Mesquita)

Aquele aperto de mão
Não foi adeus
A nossa separação
Não convenceu
Sim, seja tudo
Pelo amor de Deus
Você quer voltar
E eu gostei porque
Já estava louco pra ver você

Sei que vão falar mal
Por eu não cumprir
Uma jura que fiz
Antes de partir
Nesta história de amor
Todos são iguais
Até rei volta a sua
Palavra atrás
Confesso que não podia mais.
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Gravada por Dircinha Batista

Deixei de Sofrer
(Horondino Silva e Popeye do Pandeiro)

Depois de tanto sofrer
Você me apareceu então
A minha vida mudou
Não sofre mais meu coração
Depois, depois

Eu vivia sem carinho, sem amor
Quase estava já vencida pela dor
E ao ver você aparecer gritei então
Já não sofre mais meu coração.
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Gravada por Carmélia Alves (A Rainha do Baião) em 1943.

Justificação
(Horondino Silva e Jason Faria)

Um abraço amigo
Um forte aperto de mão
Não deixemos que uma mulher
Transtorne a nossa união
Não digo que ela já
Jurou até me querer
Mas foi somente o pretexto
Pra se vingar de você

Eu sempre fui teu amigo
Um amigo de verdade
Não vou, portanto, querer
A tua infelicidade
Bem sei que foi a intriga
Que desconfiado lhe fez
Com inveja de ver
A boa união de nós três.
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Gravada em 1946 por Gilberto Alves.

Se Você Visse
(Horondino Silva e Del Loro)

Se você visse a boca que me beija todo dia
Se você visse a cor que os olhos dele têm
Se você visse as mãos que me acariciam
Não creio que você
Quisesse amar a mais ninguém
Se você visse todas as manhãs o seu sorriso
Nascido de um amor tão verdadeiro
Que faz pra mim de tudo um paraíso
Eu não o troco pelo mundo inteiro

Se você visse a casa arrumada
Sua roupa engomada
Quando chega do trabalho, que carinho
Além de tudo isso, sem vaidade
Há lá dentro do meu ninho
Fé, esperança e caridade.
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Gravada por Isaurinha Garcia, Roberto Silva, Elza Soares e Miltinho, etc.

Pastora dos Olhos Castanhos
(Horondino Silva e Alberto Ribeiro)

Ó pastora dos olhos castanhos
Sempre a guardar teus rebanhos
De manhã eu de longe te aceno
Sonho teu olhar
Nem me vê chamar
Ó pastora dos olhos castanhos
Meu pensamento é só teu
Quando quiseres, amor
Sabes que teu pastor sou eu

À tardinha tu voltas
E as tranças tu soltas
Ao vento que te beija
Vai lavar teus pezinhos no rio
E eu, pastora, maldoso te espio
Vendo o céu constelado
Eu sonho acordado
E chego a pensar
Que a lua é uma pastora
Nos campos do céu
Rebanhos a guardar.
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Gravação original de Silvio Caldas. Gravada por Paulinho da Viola e Época de Ouro no CD Café Brasil.

Gostaria de publicar aqui todas as músicas dele, mas isso é impossível. Com o tempo vou fazendo isso. Tive o prazer de encontrar o Dino em diversas ocasiões, ele era extremamente doce. Estou muito, muito triste. Meu amigo Fernando, do Só Dói Quando eu Rio, publicou um belo texto sobre o Dino de outro grande amigo comum, o Luis Filipe de LIma. Não deixem de ler.